DESIGN MATERIAISTAMANHOS LAVAGEM OUTRAS PERGUNTAS

Há muito tempo que estou para escrever este artigo para esparramar aqui tudo o que diz respeito à construção dos pensos que faço. Apesar de ser um projecto de costura muito simples, são muitas as particularidades de todo o processo: os modelos, os materiais usados, a filosofia de produção e venda, etc. Costumo dizer que cada produtor de pensos higiénicos faz pensos diferentes e de maneira diferente. Aqui explico a minha.

Comecei por fazer pensos higiénicos para vender a partir de um desafio da minha prima Liliana da Porta dos Sentidos: a Vera, da Panos da Vera, não tinha tem! mãos a medir e estava a demorar a repor os stocks na loja e a Liliana, sabendo que eu estava a costurar, lá me lançou, no seu jeitinho doce, um “podias fazer…” . “Até podia… ” foi a minha resposta: já tinha experimentado fazer um para consumo próprio com que fiquei entusiasmada. Mas ainda demorou um pouco, vim para casa com essa ideia pespegada na minha cabeça e daí começaram algumas pesquisas sobre “a ciência” dos pensos higiénicos reutilizáveis. Foram muitas horas de tutoriais, muitas horas de pesquisa sobre materiais, muitas horas à procura de soluções. As dúvidas que todos os dias me apresentam, eram as minhas e que precisei de esclarecer para que, em Junho de 2019, já bem convicta, fizesse os primeiros pensos para lançar ao mundo. (acho sempre graça recordar um post num grupo de mulheres em que, já em testes mas ainda com dúvidas, pedia opiniões )

DESIGN

Modelo dos pensos Botica Naïf

Cheguei a desenhar um modelo meu mas insegura sobre a sua eficácia, acabei por procurar um modelo já bem testado. Optei pelos modelos da Versodile, a marca de moldes de pensos da designer canadiana Corky Lorenz, porque no seu grupo de clientes percebi a grande comunicação que há entre a Corky e as pessoas que testam e fazem os seus modelos. Ela pede para as pessoas experimentarem e darem opiniões e vai fazendo ajustes. Os pensos são testados de todas as formas e feitios e há uma excepcional troca de informação entre os “makers”.


MATERIAIS

Origem

Os meus pensos de pano não vão parar ao oceano

Nesta área a preocupação com os materiais é muito grande. A preocupação ambiental está muitas vezes por trás da escolha destes produtos em que as pessoas querem deixar de usar os descartáveis, e essa preocupação chega também à produção dos têxteis com que se fazem os pensos. Há uma tendência para a utilização de fibras de origem orgânica (ex. algodão biológico) ou têxteis tecnologicamente avançados (ex. zorb, softshell ou windpro) mas eu, que já vinha a fazer um percurso na costura (e na vida!) vocacionado para a reutilização de materiais e que queria fazer uns pensos mais económicos, preferi escolher materiais menos luxuosos mas que fossem seguros, ambientalmente respeitosos e eficientes. Isto resultou no uso, em grande maioria, de descartes têxteis da industria portuguesa (fibras perfeitamente úteis sem valor comercial para as empresas) com diferentes origens:

  • tecidos que saem do circuito comercial convencional por causa de:
    • defeito de fabricação e estampagem:
    • erros de produção (costura),
    • peças de testes (de cor ou estampagem)
    • excedentes ou stockout de produtos de exportação.
  • compra de lotes de material de costura (de pequenas confecções ou costureiras que fecham actividade) – tecidos, linhas, botões, fitas e outra retrosaria
  • pequenos retalhos ou aparas que sobram de outros trabalhos do atelier ou outros ateliers de costura
  • (neste caso, de produtos de higiene, não uso têxteis em segunda mão (i.e. reutilização))

Mas também acontece de utilizar pequenas peças de tecido compradas em loja, normalmente das caixas de retalhos (bocados de final de peças inteiras que sobram nas lojas de tecido). O que é cada vez mais raro.

[su_spoiler title=”Onde encontro estes tecidos. ” icon=”chevron”]O meu lugar favorito para comprar tecidos é a feira semanal local, onde encontro feirantes que percorrem as fábricas têxteis para recolher e vender este tipo de têxteis. Sobre os lotes que compro por atacado, são oportunidades muito pontuais.

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Como sei que a origem dos tecidos é mesmo portuguesa?” icon=”chevron”]Muitas peças vêm já prontas e etiquetadas, especialmente as destinadas a exportação. Mas também faço perguntas a quem vende, o que costuma ser muito agradável. Acabo por entender um pouco mais desta indústria. Uma vez, em conversa com um senhor na feira, ele trouxe-me à consciência de que o algodão com que são feitos os têxteis não é português (não há produção agrícola de algodão em Portugal!). Este é importado (do Oriente, da América ou do Egipto (pelos visto, o de melhor qualidade). O que distingue o algodão português é a qualidade do processamento do fio. E por isso a nossa industria é reconhecida!

Mas por vezes não sei mesmo qual a origem ou então sei que o material é importado (como por exemplo com as capulanas que por vezes uso) . Nesse caso, indico sempre na descrição de cada artigo em “informação adicional”.[/su_spoiler]

Fibras
algodão – flanela de algodão – linho – pul

sem alergias nem odores até se acabam as dores

A grande maioria dos pensos que faço são em algodão, por ser uma fibra natural, pela sua capacidade de absorção e pela facilidade do acesso a este material. Também acontece de usar linho, que é um material raro na confecção de pensos pelo seu alto preço, mas que é uma belíssima fibra natural para este uso, porque é extremamente absorvente e tem uma boa capacidade de afastar a humidade da superfície com rapidez. Escusado será acrescentar que as fibras naturais representam a melhor opção a nível de saúde pois evitam odores, alergias e irritabilidade na pele.

[su_spoiler title=”TOPO (parte do penso que toca na pele): algodão – flanela de algodão – linho” icon=”chevron” anchor=”Topo dos Pensos”]Muitos dos pensos que faço têm o topo em flanela de algodão porque é muito macia e com mais capacidade de absorção. No entanto, devido ao seu toque quente, no Verão ela é preterida e as pessoas preferem os pensos de algodão comum. Mas acaba por ser mais uma questão de sugestão, até porque todo o interior do penso é em flanela. Ocasionalmente uso também linho pela sua capacidade de afastar a humidade da superfície. E, claro, o uso do algodão simples é comum. Uma das preocupações que tenho, com esta parte do penso, é com as estampas: por vezes, são feitas com tintas que bloqueiam as fibras o que impede uma boa absorção. Nesse caso, uso esses tecidos preferencialmente na parte exterior. [/su_spoiler]

[su_spoiler title=”INTERIOR – absorção (flanela) e impermeável (PUL)” icon=”chevron”]Devido à boa capacidade de absorção, é com flanela que faço o interior dos pensos. São várias camadas de tecido sobrepostas (entre 2 a 8 folhas, de acordo com o tamanho do penso) que compõem a zona de absorção interior de um penso. Os pensos diários não têm impermeabilização para que, no seu uso diário, sejam bem mais respiráveis. Para os pensos higiénicos destinados a maior absorção e que, por uma razão de segurança, precisam de um bloqueador impermeável, uso PUL (Poliuretano Laminado). O PUL é um tecido impermeável, respirável, flexível e fino, indicado para uso médico (ex. camas hospitalares) e higiene (fraldas), entre outras finalidades (restauração e vestuário). E este é o único material que compro (para a confecção dos pensos) especificamente à peça. No início da produção de pensos, comprei alguns metros de PUL (vindo dos EUA) a uma artesã que se estava a desfazer de algum material. Entretanto, devido ao seu preço na venda a retalho, andei à procura de fornecedores e tive mesmo muita dificuldade em perceber qual a origem deste material. Tudo me remetia para a China e por isso decidi comprar directamente a uma fábrica…. na China. São muitos metros que aqui tenho! eheheh! Da próxima vez que precisar, voltarei às minhas pesquisas. [/su_spoiler]

[su_spoiler title=”EXTERIOR (que pousa na cueca) – algodão – flanela de algodão – linho” icon=”chevron”] O lado de fora do penso é aquele em que não tenho tantas limitações criativas. Apesar de ser uma parte que não toca na pele, tenho sempre usado fibras naturais. Tenho tendência a usar algodão de tecelagem comum mas também uso malha de algodão (jersey) e flanela que têm a vantagem de ser mais eficientes para fixar o penso no lugar (o linho e o algodão têm mais tendência para deslisar nas cuequinhas.) [/su_spoiler]

Aperto – Botões [su_spoiler title=”Sempre que possível, reutilizar” icon=”chevron”] Este é um aspecto que costuma gerar algumas questões. A generalidade dos pensos reutilizáveis que se encontram no mercado apertam com molas de plástico (ou, ocasionalmente, de metal). A primeira razão que me levou a optar pelos botões foi a possibilidade de dar uma segunda vida a botões em perfeitas condições apesar de já utilizados (quem não tem em casa uma caixa de botões?) uma vez que em termos práticos não diferem muito das molas. A ver:
– o botão não tem mais volume do que as molas
– não provoca qualquer desconforto (não se sente)
– é fácil de tirar e pôr
– ao contrário das molas, pode ser recolocado e, se se estragar, pode ser substituído sem dano para o penso.
– as molas dão ao penso um aspecto mais sofisticado; por outro lado, os botões oferecem um estilo mais clássico

Enfim, apesar de alguns pedidos, tenho persistido com os botões. Com alguma relutância minha, já tenho feito pensos com molas (de metal) mas continuo a considerar que é uma questão mais de mercado de consumo do que real vantagem e por isso, e contra mim… teimo. Botões![/su_spoiler]

Mas como apertas isso Luísa. Ora com um simples botão de camisa

TAMANHOS E MODELOS

diários – fluxos ligeiros – regulares – extra absorção – noite – versões tanga – extra largos

O modelo principal que faço é redondo com abas de aperto triangulares. No centro, entre pernas, mede 6,5cm (ou, numa versão mais recente, 7,5cm) e nas pontas varia de acordo com o tamanho do penso, quanto mais comprido mais largo. Faço ainda dois modelos especiais para cuequinhas tanga/delta/fio dental.
Os padrões e cores estarão sempre a variar pois trabalho normalmente com pequenas quantidades de tecido. A variedade acaba por ser grande: ora com tons neutros, vibrantes ou escuros, com padrões clássicos, florais ou estampas de bonecos, ora simples cores sólidas (sem estampas). As imagens servem apenas de exemplo.

OS DIÁRIOS – modelo redondo, modelo tanga

Os pensos diários, também conhecidos como Salva Slip, são usados para proteger a roupa interior de pequenos fluxos menstruais no início e final do período ou como apoio ao copo menstrual. Podem ser usados também como resguardo de corrimentos ou ligeiras perdas de urina durante todo o mês.
[su_spoiler title=”Diários Redondos e Diários Tanga” icon=”chevron”]

Diários redondos

Dimensões aproximadas:
– Diário Mini – comprimento 13cm X largura 6,5cm (+ abas)
– Diário P – comprimento 16cm X largura 6,5cm (+ abas)
– Diário G – comprimento 18cm X largura 6,5cm (+ abas)

Diários tanga – 2 modelos especificamente feitos para usar com cuecas com formato delta/tanga/fio dental

Modelo Geo – com linhas mais geométricas e um formato bifurcado que permite que o penso acompanhe gentilmente a natural curvatura do corpo.
– Dimensões aproximadas: comprimento 18 cm X largura máx. 10cm – largura no topo das abas 5cm (+ abas)

Modelo Delicato – as linhas mais arredondadas oferecem a este pensinho um aspecto muito delicado e leve.
– Dimensões aproximadas: comprimento 17 cm X largura máx. 9.5cm (fechado)

COMPOSIÇÃO – 100% fibras naturais [normalmente 100% algodão, mas poderão ter alguma parte em linho]
– topo (em contacto com a pele) – algodão / flanela de algodão /linho
– interior absorvente – flanela de algodão [sempre]
– fundo – algodão / flanela de algodão / linho[/su_spoiler]

PENSOS PARA ABSORÇÃO E PROTECÇÃO fluxos ligeirosmoderados/regularesintensos abundantes

[su_spoiler title=”Os diferentes tamanhos” icon=”chevron”] Dimensões aproximadas:

Fluxos Ligeiros – indicados para fluxos menstruais ligeiros.
– Pequenos – comprimento 18cm X largura 6,5 cm (+ abas)
– Médios – comprimento 21cm X largura 6,5 cm (+ abas)
– Tanga (modelo geo ou delicato) – 18cm e 17cm de comprimento, respectivamente

Regulares: indicados para fluxo menstrual regular/moderado
– comprimento 23cm X largura 6,5 cm (+ abas)

Extra Absorção – indicados para fluxo menstrual intenso
– Extra-largos – comprimento 26cm X largura 7,5 cm (+ abas)
– Assimétricos – comprimento 26cm X largura 6,5 cm (+ abas) – indicados para fluxo menstrual com tendência a cair mais à frente ou mais atrás.


Super/Noite – indicados para fluxos menstruais muito abundantes. Recomendados para noite.
– comprimento 33cm X largura 7,5 cm (+ abas)


COMPOSIÇÃO
– topo (em contacto com a pele) e fundo (exterior) – poderá ser em flanela, malha jersey ou algodão simples.
– interior absorvente – 3 a 8 folhas de flanela de algodão
– interior impermeável – PUL (impermeável, respirável, leve e flexível)
– Fecho com botão, que poderá ser material em reutilização


A costura central em ziguezague ajuda a orientar o sangue para o centro do penso e serve para facilitar a sua passagem para a zona mais interior da camada absorvente.
[/su_spoiler]



CONSELHOS DE LAVAGEM

O que apresento aqui é mais uma sugestão do que uma receita certeira. Cada pessoa tem uma relação com a higiene muito diferente e o sistema de lavagem pode variar. O que importa mesmo é encontrar uma rotina simples, prática e eficaz. Para quem inicia o uso de pensos laváveis esta costuma ser a maior das desvantagens. Mas se compreendemos que precisamos de lavar a nossa roupa ou loiça então, da mesma maneira, também temos de o fazer com os pensos. Então há que encontrar a forma mais prática de fazer aquilo que tem de ser feito.

Sugestão de lavagem:

  1. colocar o penso de molho em água fria por +30 minutos, virado para baixo para que o sangue se solte
    • isto serve para que grande parte do sangue se solte do penso e, por ser mais pesado do que a água, se acumule no fundo do recipiente que usa.
    • pode usar, por exemplo, a água do banho
    • evite deixar de molho mais de 24horas para que não comece a ganhar cheiro (devido ao desenvolvimento de bactérias)
  2. tirá-lo da água e guardar a secar para lavagem futura ou lavar de imediato
    • nesta altura pode usar um sabão anti manchas para numa primeira lavagem rápida
  3. lavar à máquina normalmente (máx. 40º) com detergente com efeito oxidante (Oxi) ou percabonato de sódio
    • não deve lavar o penso a altas temperaturas porque se ele ainda tiver resíduos de sangue (o que será normal), o sangue poderá fixar-se nas fibras.
    • evite o uso de amaciadores porque estes irão bloquear as fibras diminuindo a sua capacidade de absorção
    • não usar lixívia
  4. secar preferencialmente ao sol
    • o sol ajudará a combater alguma nódoa mais persistente e é um fantástico desinfectante (a luz ultravioleta tem a capacidade de destruir bactérias)
    • evitar engomar para manter as fibras bem absorventes

OUTRAS QUESTÕES FREQUENTES

[su_spoiler title=”Pensos de cores escuras ou claras?” icon=”chevron”] Esta é também uma questão bem pessoal. Em termos de eficácia tanto faz porque o que interessa para o efeito de absorção é a capacidade da fibra. Por vezes, os pensos escuros são escolhidos para que eventuais manchas fiquem disfarçadas. Mas vale lembrar que a mucosa da vulva é ácida e não raras vezes provoca clareamento na roupa interior mais escura e, nesse caso, as manchas nas fibras aparecerão inevitavelmente. Então, o que importa é ter uma boa rotina de lavagem e escolher os pensos que combinem melhor consigo! [/su_spoiler] [su_spoiler title=”Os pensos de tecido servem para situações de incontinência?” icon=”chevron”] Tudo irá depender do grau de incontinência. Se forem apenas umas gotinhas de urina que se soltam quando a pessoa tosse ou ri, os pensos diários serão suficientes para não se sentir desconfortável com alguma humidade. Se for um pouco mais grave, um penso de absorção com impermeável irá suster a urina com facilidade. No entanto, se for uma incontinência severa então estes pensos não serão solução porque, apesar de bons absorventes, não terão capacidade de absorver um volume tão repentino de líquido. Ainda que tenham grande capacidade de retenção (ex: os pensos Super/Noite), o fluxo sendo tão repentino como o da urina vai acabar por se escapar pelas bordas do penso antes de ele o conseguir absorver. Nestes casos, existem pensos reutilizáveis que há semelhança dos descartáveis têm folhos laterais que previnem este tipo de fugas. Eu não faço, mas começam a aparecer opções nesse sentido. Os descartáveis têm que ter os dias contados! [/su_spoiler][su_spoiler title=”Como se fixam os pensos nas cuecas?” icon=”chevron”] Ao contrário dos descartáveis os pensos de tecido não têm cola para se fixarem na roupa íntima (um benefício para a saúde!). Apertam com duas abas por baixo da cueca e por isso convém que o penso tenha a largura ideal em relação ao corpo da mulher e em relação ao modelo das cuecas que está usar. O penso deve manter-se pousado na cueca sem empolar ou ficar bambo. O uso de roupa justa (mas não apertada) – cuecas, collants, leggins, calções – ajudam a fixar o penso no lugar. [/su_spoiler] [su_spoiler title=”Quantos pensos devo comprar?” icon=”chevron”] Também vai depender de cada pessoa. Quando está a fazer transição dos descartáveis e procura fazer uma primeira compra de pensos reutilizáveis, esta é uma pergunta comum. Aconselho a não fazer um investimento grande logo de início. Há que experimentar, ver como se sente, perceber se está a usar o penso com o tamanho e modelo certo para o seu corpo e roupa interior. A partir daí, vai ganhar confiança e perceber melhor em que deve investir. Há pessoas que conseguem lavar e usar o mesmo penso num mesmo ciclo e se bastam com 3/4 pensos, outras que preferem juntar todos os pensos numa lavagem final e precisam de 8/10 pensos. Não há fórmulas no diverso mundo humano. Se está a começar, os pensos diários serão um investimento garantido; e pode também experimentar um ou dois pensos regulares ou para fluxos ligeiros para saber do que eles são capazes. Depois a pergunta de partida será respondida por quem a faz! [/su_spoiler] [su_spoiler title=”Como transportar os pensos fora de casa?” icon=”chevron”] Naturalmente, estes pensos não irão para o lixo quando estiverem sujos e tenha de se trocar numa casa de banho fora de casa. O ideal é ter uma bolsinha para guardar os pensos sujos até que os possa lavar. Não precisa de ser uma bolsa especial: poderá ser um simples saco de plástico que esconde na carteira, ou a reutilização de uma bolsa que tenha por casa. Mas também pode optar por ter uma “bolsa especial” para os seus pensinhos. À força de muitos pedidos, criei uma bolsa dupla para transportar os pensos sujos e limpos separadamente. A bolsa da Botica Naïf é mesmo muito especial!! Ou então com certeza que encontra bolsinhas mais singelas e que resolvem igualmente a questão.

Bolsa usar lavar para transportar pensos higiénicos

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Conjuntos, packs e descontos – venda de pensos a granel ” icon=”chevron”] É comum perguntarem-me por conjuntos de pensos com vista algum desconto de quantidade. Neste caso, digo a graça de que vendo os pensos “a granel” (avulso, à unidade) e encaminho a pessoa para as minhas políticas de produção e venda: “Não deverão acontecer promoções. Os preços apresentados correspondem a valores que têm em conta os custos de produção e uma mais-valia razoável (consuma com consciência e não porque “está mais barato”)” . Num mundo de mercado de consumo, não é muito simpático é certo. Mas procuro que os produtos que faço reflictam o valor de custo de produção o mais justo possível. E cada penso é uma peça que faço, sozinha, de cada vez (ainda que, naturalmente, procure agilizar a produção quando faço vários pensos idênticos e isso faz parte dos meus cálculos).
Mas se me perguntam por conjuntos de pensos a combinar tamanhos, cores e padrões, o meu brilho é outro. E, sem mais custos, proponho-me a criar um conjunto ton-sur-ton à maneira! [/su_spoiler] [su_spoiler title=”Pensos personalizados” icon=”chevron”] Quando comecei a fazer pensos tinha 2 tamanhos – o diário e o regular. Foi com os pedidos personalizados que fui fazendo crescer a oferta. Tamanhos maiores, mais pequenos, mais largos, ou com formato especial. Hoje são 12 pensos diferentes! Sempre criados a propósito de pedidos de pessoas que persistiram em querer pensos feitos por mim. Fico sempre maravilhada e agradecida quando penso nisso. Agora começo a fazer pensos realmente específicos. O último modelo foi um penso um pouco mais largo (o Extra-largo) que foi feito para um fluxo abundante. [/su_spoiler][su_spoiler title=”Descobertas – do Corpo feminino ao Plantar a Lua” icon=”chevron”] Este é um ponto muito especial para mim. Desde que me foquei neste universo feminino as minhas descobertas e reflexões sobre a mulher e a menstruação têm sido um verdadeiro mundo novo e acredito que, na medida de cada uma que procura soluções mais equilibradas com a sua saúde e a ecologia do planeta, também acontece o mesmo. Não me vou alargar neste tema para já. Só levantar a pontinha do véu para dizer que o mundo feminino é gigante e desconhecido e está na hora de o revelar. Está na hora de deixar-mos de ter nojo do sangue, está na hora de aceitar esse sangue com a mesma naturalidade com que ele se aprenta, porque essa será uma força maior. A menstruação tem de deixar de ser um obstáculo. Ela não é um problema. É um sinal de funcionamento saudável de um corpo feminino e que nos oferece muita informação sobre o nosso organismo. Também é uma porta para um auto-conhecimento e para um conhecimento perdido do universo feminino. A seu tempo acrescentarei aqui fontes para quem esteja interessado no tema. [/su_spoiler] [su_spoiler title=”Pensos reutilizáveis – uma solução em comunidades (ainda) dependentes de ajuda” icon=”chevron”] Desde que comecei a fazer pensos que as questões sociais relacionadas com a menstruação tornaram-se mais conscientes. Sempre com uma sensação de impotência perante as tristes realidades deste mundo, foi com este projecto que consegui fazer algo palpável para ajudar comunidades com carências que eu não tenho. É pela mão segura da Vânia Beliz que ofereço uma pequenissima contribuição para alguns projectos de saúde menstrual que vão pelo mundo. Em breve deixarei aqui mais informação de como qualquer pessoa pode colaborar. Eu nunca fiz grande alarde deste meu gesto: porque não faço mais do que qualquer pessoa deveria fazer e porque me envergonho que ainda haja neste mundo situações tão dificeis que precisem desta caridade. É um assunto muito sensível para mim e até conflituante. O meu desejo é que estas comunidades alcancem a sua autonomia e se livrem da minha/nossa caridade que por vezes é factor perpectuante da dependência. Um ciclo a quebrar para que nasçam mundos melhores. E vou pela mão da Vânia, mulher incansável que admiro por estar sempre a mirar esse mundo mais justo, oferencendo volta meia volta alguns pensos para os seus projectos de Educação para a Saúde e Dignidade Menstrual . [/su_spoiler] [su_spoiler title=”Opiniões e Avaliações de quem já experimentou os pensos da Botica Naïf” icon=”chevron”]

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Onde comprar os pensos da Botica Naïf” icon=”chevron”]
Encontra os pensos em algumas lojas físicas e online. Deixo aqui link para cada um dos projectos onde tenho representação:

Açores (Ilha Terceira) – Veganeasy da Sofia Ferreira

Caldas da Rainha – Equilibra (Sara Coito)

Vila Nova de Gaia – AlmaNatura (Cláudia)

Vila Real (Vila Pouca de Aguiar) – Donna Marta (Marta Ferreira)

Online – Murta Atitude Natural (Cláudia)

Online – Planetar (Maria)


Aqui mesmo – Botica Naïf (Andreia)

Mulheres e Verde!
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