A minha melhor mão para o desenho é o meu pé esquerdo. Por isso, quando preciso de um, o que pouco tem acontecido, procuro nas revistas ou internet. No entanto, quando quero algo único mesmo, preciso de pedir a alguém. Esse alguém, para A Naïf, é a LijóLaranja. Ora, a parceria com a LijóLaranja é uma promessa antiga, mas por falta de projectos não se tem concretizado. Mas está sempre na berlinda dos meus devaneios. Nos últimos tempos, devaneios é o que não me tem faltado… a ponto de doer a cabeça. E a Lijó cá me baila nos “e se eu fizesse isto?” sem conta.
Comprei-lhe dois postais e ainda sem os ter na mão, pus-me a namorar os palhaços lá desenhados. Adoro-os. São para bordar! Mas…. mil ideias e nenhuma se chega à frente!!
Pronto, fui a medo… andava a experimentar uns colares em patchwork (ficaram mesmo giros, tenho de os mostrar!) e decidi fazer pequenino pequenino a ver se dava para as bijutarias.
Já há uns largos meses que estou a precisar de óculos (sim, a tal idade dos óculos na ponta do nariz é chegada),  e escolhi a noite da casa de Beja sem luz de jeito combinada com a pressa da angustia de ver no que dá para fazer um trabalho de delicadeza e minúcia. Deu uma bela obra… que parece feita com o pé esquerdo. Mas gostei!  Só espero que a Lijó me perdoe o que lhe fiz ao fino traço…
Mas eu gostei e acho graça à aplicação como broche. Hei-de voltar a este caminho…