A Ana pediu para ir para a escola. O entusiasmo já faz alguns meses, mas foi um pedido fervoroso e que mexeu com a fantasia da Anamé por muito tempo (a “escola dela” tinha piscina e tudo); por isso, lá fomos tratar de matriculas e etceteras. Por mim, como deve imaginar quem acompanha os meus mais recentes interesses pela área da educação, a escola não seria assunto para esta casa chamado. Mas como é assunto em todo o lado (e até nesta casa) ela interessou-se por ele. E lá vai ela contra a minha vontade (calem-se! que os pepinos não são para torcer!!!). Já sei, já sei…. “blá blá, é mais difícil para a mãe do que para a filha”. E sabem que mais, não vai haver cenas da criança a chorar na escola e a mãe a chorar pelo caminho. [Heresia!! ahahah] Estou convencida que ela apanhará uma bela desilusão (vozinha: “pode ser que não, e vais poder ter uma casa digna desse nome e trabalhar com a luz do sol”) e lá vamos juntas para casa.
Assim sendo, estamos em fase de preparativos para a entrada na pré-escola. Tendo em conta as minhas ideias sobre a escola, seria mais lógico escolher uma escola com pedagogia alternativa: mas se é para ir à escola é para ser escola pública!

Já tínhamos feito uma visita para conhecer os espaços e fomos informados que:
– nada de fraldas (visita de estudo mais proveitosa de todos os tempos – a vontade da Ana de ir para a escola era (atenção “era”, esmoreceu nestas férias) tão grande, que na semana seguinte a esta visita deixou as fraldas definitivamente!
– roupa de trabalho – bata todos os dias (que não precisa de ser uniformizada, que a escola também evolui (tenta!))

Portanto, o título “regresso às aulas” é mesmo publicidade nada original e particularmente enganosa.

Vamos falar do que interessa: o avental de trabalho da Anamé!

A educadora falou de uma bata, o bibe do meu tempo, mas em Setembro ainda faz muito calor e achei que seria melhor começar com algo mais fresquinho. Ainda imaginei uma bata de manga curta, mas andei em pesquisas e adorei o avental proposto pela Fabrics-Store.com ; e com o atractivo da versão de adulto que um dia hei-de fazer para moi-même.

Ele tapa toda a frente, apesar de eu acreditar que voem pincéis para trás das costas e até para dentro dos sapatos (e eu mosquinha a ver a Ana a tirar os sapatos logo de entrada e a educadora a obriga-la a calça-los?), vai proteger a roupa sagrada.

Avental1

Espaço suficiente para dançar (contemporâneo fica-lhe bem!).

Avental2

Utilizei um aborrecido tecido sintético cinzento que andava para aqui à espera de destino cruel (safou-se!) para a frente, que lhe dá um toque formal. Para as alças e os bolsos, usei uma capulana artesanal de onde vem a graça deste avental.
Avental3

O modelo é muito giro e simples: cruzado nas costas, sem botões nem laços a atrapalhar a independência da cachopa. Ainda é um pouco grande, vai servir para muitas aventuras.

Hei-de fazer mais destes. E a bata! E ainda falto eu!