A Ana tem uma vida social mais preenchida do que a minha, por isso, e como ela só tem 4 anos, acabo por ter a função de “assistente pessoal” do crianço: gestão de agenda, administrativa, organizadora, executiva, produtora de conteúdos, motorista, etc e tal.

Mais um aniversário! O do Tomás. “Qual deles?” (a vida dela está repleta de Tomásios! Céus!). E é nestas ocasiões que me ponho a fazer contas… ora:

1Tomás  X  1Catrefada deles = 1Catrefada de suores frios numa caverna comercial -(menos) uma viagem à volta do mundo!

É que eu passo tão bem sem estas equações! Mas, e o que fazer? Fazer! Da crise, as oportunidades!

Eu, que nunca levo saca para ir ás compras porque nunca saio de casa para ir às compras e por isso não me lembro disso, tenho uma tonelada dessas coisas terríveis de plástico na dispensa de casa. E já tinha andado a investigar o que fazer com aquilo… até já sabia o que fazer com aquilo… até já tinha feito alguma coisa para experimentar e que correu lindamente. Faltava-me a motivação para continuar a Fundir Pástico!!!!  A primeira experiência foi um estojo para guardar os nossos passaportes. Ficou muito giro. Fundir várias camadas de sacos de plástico  torna o plástico muito resistente e versátil.

Agora, o Tomás… foi a minha oportunidade de experimentar um pouco mais. Fiz-lhe uma carteirinha para os seus cartões da biblioteca/piscina/hoquéi e ainda espaço para as notas da professora das actividades escolares; um porta-fichas para os carrosséis, e um estojo clássico para as lapiseiras e afins

Eu gostei do resultado final, apesar de bastante tosco… à la “trabalho escolar”- tive pressa de ver o resultado final e o plástico que usei no estojo acabou por ficar demasiado encarquilhado – era para ficar liso, como o da carteirinha. Mas ficou engraçado e funcional.

Claro que, num mundo de plásticos brilhantes e perfeição desumana, imagino que não foi a prenda mais feliz. Mas é original e personalizada, tira-nos uma micro-célula da pegada ecológica, faz parte de um processo de aprendizagem (dois processos – enquanto eu fazia a Ana foi vendo) e foi feita a pensar no Tomás. Já não é mau de todo!