Um guarda-sol estragado é a prenda que eu mais estava a precisar!! Yeah! Presente perfeito para um projecto há muito desejado: Restaurar um Guarda-Sol à minha medida!!

Bom… Apenas o pano estava cansado; a estrutura estava em óptimo estado. Era tudo o que precisava de saber para me dedicar ao restauro do que domino!… e, ainda, saber como tirar e pôr a cobertura. Simples: só tirar, sem costuras nem presilhas estranhas; e pôr de igual modo. Oh! Toca a in-ven-tar!!!

Primeiro passo: Ir à caça de panos para reutilizar:

Colchas velhas, caixas de retalhos, baús de velhas rendas e activar o coração!!
Usei: uma colcha fininha já puída e até remendada; um vestido branco já feito com aproveitamento de retalhos que perdeu uso; antigas rendas da avó; retalhos oferecidos e aparas minúsculas para fazer pormenores fofinhos.

A ideia original até era fazer tudo em patchwork bem pequenino… até comecei! mas rapidamente percebi que era uma loucura!!! Depois, passou por achar que fazia toda a cobertura de uma só colcha…. hm!! o guarda-sol é bem grande!! a colcha dava para 1/4 da cobertura! Mas, todos os contratempos foram o melhor que podia ter acontecido… vamos ver como…

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Segundo passo: Tirar medidas e fazer o molde


Tirar medidas e fazer o molde dos gomos do guarda-sol, oito no total. Foi nesta fase que percebi que a colcha a reutilizar só dava para 2 partes inteiras. A partir daqui tive de inventar as 6 restantes… o melhor: pôr a criatividade em acção.

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Terceiro passo: Criar cada um dos painéis


Como já tinha começado a fazer o patchwork – um padrão que queria muito experimentar e exercitar, com costuras curvas – tinha de aproveitar as peças já feitas … mais como uma graça do que propriamente um dos painéis. Adorei o efeito deste patchwork, apesar de perceber que tenho de estudar melhor as cores a utilizar. Também acabei por fazer algo que há muito queria fazer… tirar o logotipo da Botica Naïf do papel e fazê-lo em tecido. Fazia todo o sentido!! Juntei as duas ideias num só painel.

Depois… apesar de um pouco estranho, queria usar rendas. Não tapam o sol completamente, mas achei que o efeito havia de ser bem bonito e ter um ou outro apontamento não iria estragar a competência do Guarda-sol. Acabei por ser menos atrevida do que inicialmente tinha pensado, mas dois dos painéis fazem conjunto com generosas dimensões de rendas (que eram 2 pequenas cortinas feitas pela minha avó… já amareladas de guardadas por falta de gosto em as usar – subliminarmente um objectivo meu – dar vida a rendas fora do tempo. Elas podem ter perdido o sentido nas nossas vidas, mas é tudo uma questão de olhar… mudar o olhar, ver futuro no passado, do velho se faz o novo… por toda a eternidade).

E, ainda, dois painéis de grandes retalhos combinados mais um bem simples, saído de uma velha cortina grossa.

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Quarto passo: Fazer o topo


O topo é a parte que permite passagem do ar para que o guarda-sol resista melhor ao vento. Na verdade, era o que estava mesmo muito estragado no original. É basicamente um circulo, mas eu tinha de inventar uma gracinha extra e acrescentei umas mini bandeirinhas coloridas para brilharem na base branca de toda a cobertura.

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Quinto passo: Montar tudo!


Costurar e rezar para que as medidas dessem certinho. E deram!!! Nem querem saber a minha alegria.
Ainda tive de desmontar um dos encaixes das varas originais para ver como se faziam e usei partes boas do tecido original para fazer os 8 encaixes.

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E pronto! No final, o meu receio tinha mais a ver com o peso final de toda a cobertura. Com a minha mania de fazer tudo bem resistente, apostei em tecidos bem densos e em costuras reforçadas. Mas resultou tudo super bem!!! Ficou um pouco mais pesado, é certo. Mas ficou perfeito!! Adoro-o!! E agora tenho um guarda-sol à maneira para levar para os meus mercadinhos.